Você sabia que um plano de parto bem feito reduz as chances de uma cesárea desnecessária?
Pois é, quando o plano de parto está bem estruturado, funciona como um excelente canal de comunicação entre você e a equipe médica.
Além disso mostra que você está bem informada como parturiente e te deixa mais empoderada.
E mais!
Esse documento direciona a equipe médica para um atendimento personalizado, reduzindo assim, intervenções que você não quer (por exemplo, parto cirúrgico por rotina).
Lendo sobre atualidades médicas, encontrei este estudo feito pela Revista Latino-americana de Enfermagem.
A fim de conhecer o grau de cumprimento das solicitações de mulheres através de plano de parto, o estudo mostrou os seguintes dados:
Fantástico, não é? Quando o respeito à humanização do parto acontece, mamãe e bebê só têm a ganhar.
Por isso quero te ajudar a montar seu plano de parto todinho personalizado.
Eu sou a Doula Aninha Martins e vou te explicar tudo o que você precisa saber para que seus desejos possam ser respeitados e sua experiência de parto seja positiva.
Ahhh… você já pode baixar um modelo de plano de parto editável.
Vamos lá?
Para que serve o Plano de Parto?
Muito bem.
O plano de parto serve basicamente para mostrar à equipe médica não só seus desejos, como também suas preferências durante o trabalho de parto, parto, pós parto imediato e cuidados com o bebê.
Nesse documento você:
- Pode indicar a forma como gostaria de ser chamada;
- Mostra se pretende ser acompanhada;
- Descreve quais métodos deseja utilizar para alívio da dor;
- Diz se concorda ou não com determinados procedimentos;
- Indica intervenções que não consente;
- Sinaliza seu desejos.
Tudo baseado em evidências científicas e, ao mesmo tempo, deixa seu momento de parto com a “sua cara”.
Afinal, o parto é seu e ninguém pode tirar isso de você.
O primeiro modelo de plano de parto teve sua elaboração em 1980, nos Estados Unidos por Sheila Kitzinger, conhecida mundialmente por defender o parto natural.
E desde então esse documento é cada vez mais utilizado para a comunicação entre parturiente e equipe médica.
Inclusive faz parte das recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o cuidado ao parto normal, sabia?
Sendo assim essa prática tem reconhecimento e aceitação em todos os órgãos que prestam atendimento ao parto (tanto natural quanto cirúrgico).
Como montar um bom plano de parto?
Posso te falar que existem muitos modelos na internet, mas é necessário personalizar o seu.
Acima de tudo, colocar informações claras e ordenadas para facilitar a leitura pela equipe médica, é um bom caminho.
Pode ser em formato de carta manuscrita ou impressa.
Além disso, você pode dispôr suas preferências e vontades no plano de parto em uma ordem cronológica dos acontecimentos.
- Desde o momento em que chega à maternidade,
- Entra na fase ativa do trabalho de parto,
- Passa pelo ápice das contrações,
- Chega no expulsivo e nascimento.
- Finaliza na primeira hora de vida do bebê;
- E ainda pode complementar com preferências de cuidados ao seu anjinho.
Para ajudar a criar o melhor formato, bem como o conteúdo certo para você, vou citar e explicar os tópicos mais relevantes que você pode agregar no seu plano de parto.
Todos os tópicos são optativos, assim você pode solicitar à equipe médica aquilo que você GOSTARIA ou NÃO GOSTARIA durante seu trabalho de parto, parto, pós-parto imediato e cuidados com o bebê.
Plano de Parto – Informações gerais
Para iniciar seu plano de parto, você pode colocar suas informações pessoais, como também apontar quem serão as pessoas que estarão junto contigo durante a estadia na maternidade ou casa de parto.
Apresentação
Nas primeiras linhas do seu plano de parto, além de colocar suas informações pessoais, você pode mostrar à equipe como gostaria de ser chamada ou não gostaria de ser chamada.
Acompanhante
Ter um acompanhante é um direito seu garantido por lei (Lei n⁰ 11.108, 07/04/2005).
Então você pode lembrar à equipe que você quer a companhia do seu acompanhante o tempo todo.
Doula
Não só casas de parto, como também maternidades, públicas ou privadas, estão acostumadas a receber a doula.
Se você tem uma doula para …
- Te instruir com educação perinatal;
- Apoiá-la no parto;
- Ajudar no alívio das dores com meios naturais;
- Te fortalecer nas decisões;
- Relembrar seus desejos;
- Ajudar no equilíbrio emocional;
- Aumentar sua sensação de segurança;
- Trazer voz às suas reivindicações.
Você pode apresentá-la no plano de parto e assim mostar que faz questão do acompanhamento dela.
Registro Fotográfico ou Filmagem
Se acaso você optar por registrar o momento do nascimento do seu anjinho em vídeo ou fotos, maternidades da rede privada disponibilizam profissionais que você pode contratar.
Mas você não precisa ficar a mercê do fotógrafo do hospital, não!
Você pode contratar uma fotógrafa particular ou então pedir para a doula ou acompanhante fazer vídeos e fotos.
Afinal são imagens do seu parto e bebê, não é mesmo?
Tão importante quanto colocar no plano de parto que você gostaria de registrar os momentos do parto, é entrar em contato com a maternidade e conhecer a política para fotos e vídeos.
Acompanhamento do parto
Se você optar em ter seu bebê com uma equipe particular, é importante mencionar os nomes dos profissionais no seu plano.
Sua equipe particular pode ser composta por:
- Obstetra ou Obstetriz
- Enfermeira obstetra
- Doula
- Anestesista
- Pediatra neonatal
Plano de Parto – Fase ativa do trabalho de parto
Desde o momento em que você chega na maternidade, casa de parto ou a equipe chega na sua residência para um parto domiciliar, você já pode ter no seu plano os seguintes temas.
Livre movimentação
De fato a livre movimentação traz uma série de benefícios.
- Te ajuda a se manter no controle do seu próprio parto;
- Auxilia na redução do tempo de dilatação;
- Possibilita a escolha da posição em que você se sentir mais confortável;
- Diminui a sensibilidade das dores do trabalho de parto;
- E além de tudo isso, reduz a possibilidade de intervenções por parte da equipe médica.
Livre ingestão de líquidos e alimentos
Ninguém merece ficar com sede e fome, não é verdade?
E por que no trabalho de parto seria diferente?
Em outras palavras, é muito importante se hidratar e se alimentar para manter a sua vitalidade e a do bebê também.
Antigamente as mulheres recebiam nutrientes (como por exemplo potássio e sódio), via infusão intravenosa, o que dificultava a livre movimentação.
Hoje você pode e deve se valer do direito de comer e beber durante o trabalho de parto.
Mas lembre-se, apenas alimentos leves e de rápida absorção, nada de marmitinha com aquela feijuca no trabalho de parto, ok?
Usar as próprias roupas
Estar conectada consigo mesma é de extrema importância para um trabalho de parto mais fluido.
Então…
Usar as próprias roupas, sentir a textura dos tecidos que sua pele já está habituada e sentir o próprio cheirinho, trazem mais conforto e particularidade (vai te ajudar a relaxar).
Ahhh… também tem mais uma coisa…
Ao usar a banheira ou o chuveiro, se você optar por usar um top ou sutiã, lembre-se de levar mais de 1, porque sempre ao sair da água você deve colocar roupas secas.
Tricotomia
Tricotomia é a raspagem dos pelos pubianos.
Caso você não tenha o hábito ou não conseguiu se depilar antes de entrar em trabalho de parto, você tem a opção de negar a realização desse procedimento.
Inclusive realizar uma raspagem dos pêlos ou uma depilação em quem não tem o hábito de realizar, pode causar micro fissuras e assim abrir espaço para infecções bacterianas.
Enema
Enema é um procedimento de lavagem intestinal que hoje é desnecessário no pré parto.
Tempos atrás se acreditava ajudar no trabalho de parto, liberando espaço para a descida do bebê e também que reduzia os casos de infecção por contaminação fecal.
Porém evidências científicas comprovaram que além dos riscos (como irritação retal, colite, gangrena e choque anafilático), o enema poderia ser um fator maior de contaminação, já que as fezes se tornam líquidas, dificultando assim sua remoção.
Ocitocina sintética
Administra-se a ocitocina sintética para induzir e/ou acelerar o trabalho de parto.
Quando administrada de forma rotineira, ou seja, apenas para agilizar o trabalho de parto, pode prejudicar um parto que só precisaria de tempo para fluir de forma natural.
A ocitocina sintética, quando entra no organismo, aumenta a intensidade das contrações e por isso também as dores.
A ocitocina é produzida pelo corpo de forma natural, sendo assim, é nescessário respeitar e individualizar cada mulher em trabalho de parto.
Não existe uma “fórmula matemática” que determine o tempo máximo e mínimo de trabalho de parto, por isso é necessário que a equipe médica avalie a vitalidade da mãe e bebê.
Estando tudo bem, é só deixar fluir.
Amniotomia
Amniotomia é o rompimento manual da bolsa amniótica.
Quando o parto está fluindo, assim como as contrações e dilatação em pleno andamento, não existe a necessidade de romper a bolsa manualmente.
Alguns profissionais realizam o rompimento da bolsa apenas para acelerar o trabalho de parto…
… e vale dizer aqui que uma intervenção desnecessária pode acarretar a necessidade de outras, isto é o que chamamos de “efeito cascata de intervenções” que alteram a boa fluidez de um parto normal.
Durante o franco trabalho de parto, se indica o rompimento da bolsa somente em casos onde o trabalho de parto perde ritmo e é necessário ajudar o corpo a retomá-lo, como por exemplo em casos de parada de progressão onde métodos naturais (exercícios ou aromaterapia) não surtiram efeito.
Você sabia que em apenas 10% das mulheres a bolsa se rompe naturalmente antes de entrar em trabalho de parto?
É possível até o bebê nascer dentro da bolsa ainda íntegra. Conhecido como Parto Empelicado.
Infusão intravenosa
No passado as mulheres não podiam comer e beber durante o trabalho de parto, desumano não é?
Para evitar desidratação e hipoglicemia, se administrava os nutrientes (necessários para manter a vitalidade de mãe e bebê) via infusão intravenosa, mas essa prática caiu por terra.
De acordo com a OMS, a recomendação é que a mulher possa comer e beber durante o trabalho de parto.
Fique atenta.
Em muitos hospitais, no momento da admissão, sugerem colocar um acesso com o jargão “vai que acontece alguma coisa?… É melhor garantir o acesso agora porque na hora da dor é mais difícil”.
O acesso pode te incomodar, portanto só aceite se realmente for necessário.
Exames de toque
O exame de toque ajuda a acompanhar a evolução do trabalho de parto.
Mas você sabia que o que dilata não é a vagina? E que não são 10 dedos de dilatação, mas sim 10 cm?
Pois é…
No exame de toque, o obstetra ou a enfermeira introduz 2 dedos no canal vaginal até a altura do colo do útero, a fim de verificar quantos centímetros há de dilatação.
No dia do parto, esse exame é realizado para acompanhar a evolução do trabalho de parto, analisando o colo do útero, dilatação, bem como a descida do bebê.
De acordo com as recomendações da OMS, a indicação é realizar exames de toque de 4h em 4h durante o trabalho de parto.
Dessa maneira você pode solicitar que seja feito o menor número de exames possível.
Isso porque esse exame tende a ser bem desconfortável, principalmente durante as contrações.
Ambiente calmo, com pouca luz e silencioso
Um ambiente assim ajuda no processo de internalização, isso de fato é fundamental para a boa fluidez do trabalho de parto.
Além disso, quando o ambiente está escurinho, silencioso e tranquilo, o corpo libera mais ocitocina (ótimo para embalar as contrações).
Parto é um processo instintivo, onde a parte primitiva do cérebro está mais ativa.
Quando há uma desconexão por um ambiente “hostil”, alguns hormônio que são prejudiciais ao trabalho de parto, como por exemplo a adrenalina (hormônio da luta ou fuga), podem prejudicar o ritmo das contrações.
Cardiotocografia fetal
Esse exame avalia os batimentos cardíacos do bebê e a intensidade das contrações,…
… para isso muitos profissionais colocam a parturiente deitada ou semi-sentada, conectada a eletrodos presos na barriga por cintas elásticas, impedindo assim a livre movimentação.
Além disso, ficar toda presa vai te trazer mais desconforto no momento de cada contração.
Mas existem outras formas de fazer esse acompanhamento sem precisar te limitar durante o trabalho de parto, sabia?
Um excelente meio de avaliar a intensidade de cada contração, é observar sua resposta física durante as contrações (deixa seu corpo falar).
E os batimentos cardiacos do bebê podem ser avaliados através da ausculta intermitente (ultrassom portátil).
Plano de Parto – Métodos para alívio da dor
Você também pode mostrar no seu plano de parto que é adepta a meios não farmacológicos de alívio da dor.
Como por exemplo:
PlayList (Musicoterapia)
Te ajuda a se conectar consigo mesma (o que é muito importante), reduzindo a tensão e assim possibilitando uma experiência de parto mais positiva.
Mas olha só…
Quando a playlist fica sob a escolha da equipe médica, há um risco de se deparar com um gosto musical muito diferente do seu, dessa forma causando desconexão e, às vezes, irritação.
A musicoterapia é reconhecida como uma técnica para alívio dos desconfortos do trabalho de parto, não só relaxa, como também auxilia na redução dos efeitos da ansiedade.
Chuveiro/Banheira
Ajuda no relaxamento da musculatura, dessa forma permitindo uma maior elasticidade do canal vaginal.
Além de reduzir a intensidade da dor, ajuda na evolução do trabalho de parto.
Vale apena lembrar que a temperatura mais indicada é de 37ºC a 38ºC com permanência mínima de 20 minutos.
Bolsa de água quente
Como no banho quente, a bolsa não só auxilia no relaxamento da musculatura, como também traz uma sensação de conforto e redução da intensidade da dor.
Massagem
Ê coisa boa é massagem, não é?
Só tem vantagens…
- Eficaz na redução das dores das contrações;
- Traz uma sensação de segurança e acalento (o que ajuda no processo de conexão e relaxamento);
- Melhora o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos tecidos;
- E além de tudo isso, é uma forma não verbal de dizer : “você não está sozinha” , “pode contar comigo”, “estamos com você e te entendemos”.
Bola suiça
A bola suiça é um recurso que pode te promover vários benefícios, por exemplo:
- Adotar uma postura favorável para a descida do bebê;
- Permite realizar diversos exercícios a fim de liberar a pelve e facilitar no processo de dilatação;
- E no primeiro estágio do trabalho de parto a bola suíça, somada a exercícios respiratórios, ajudam no relaxamento do assoalho pélvico e na diminuição da tensão muscular, dessa forma ajudando no alívio da dor.
Aromaterapia
A aromaterapia é um tratamento feito com óleos essenciais que ajudam não só no processo de alívio das dores, como também no controle das contrações, ansiedade e medo.
Essa terapia é muito versátil.
Inclusive tem um tipo de óleo para cada situação, sendo assim tem o potencial de melhorar todo o processo de conexão.
Com toda a certeza a aromaterapia é uma forte aliada para uma experiência de parto mais fluida e positiva
Anestésicos e sedativos
Durante o decorrer do trabalho de parto, médicos ou enfermeiros podem sugerir analgesia para bloqueio das dores das contrações.
Entretanto, utilizar anestésicos, analgésicos ou sedativos de forma indiscriminada ou em momento inoportuno, pode prejudicar o progresso do trabalho de parto.
Então se você não gostaria de ser induzida a uma analgesia sem a sua solicitação, você pode agregar essa informação no seu plano de parto.
Plano de Parto – Período expulsivo e nascimento do bebê
Nessa parte do plano de parto, você pode fazer pedidos específicos relacionados ao final do trabalho de parto.
- Fase de transição
- Período expulsivo
- Nascimento
Mudança de sala (ir para o centro cirúrgico) para o bebê nascer
Lembra que é fundamental um ambiente calmo e acolhedor para uma boa fluidez do trabalho de parto?
Pois é…
Quando o trabalho de parto começa, por exemplo, na sala de parto e então ocorre um deslocamento para o centro cirúrgico,…
… essa mudança de ambiente pode ativar a liberação de adrenalina (hormônio da fuga), isso pode acarretar um atraso no trabalho de parto.
A mudança para um centro cirúrgico só é necessária nos casos de intervenções que auxiliam no nascimento, por exemplo, vácuo extrator, fórceps ou até mesmo a Cesariana, do contrário não há necessidade de mudança de sala.
Escolher a posição que se sentir mais confortável no momento do expulsivo
Sim, é verdade. Você pode (na verdade deve) escolher as posições que se sentir mais confortável durante o trabalho de parto.
Principalmente no momento do nascimento.
Quando você se movimenta livremente e adota posições que ajudam na abertura da pelve, o bebê tende a descer mais rápido e além disso, o trabalho de parto flui melhor.
Dessa forma, no momento do expulsivo, o seu corpo vai “pedir” a melhor posição para o bebê nascer. É instintivo.
Você pode conhecer as melhores posições para o bebê nascer nesse artigo completo sobre parto normal.
Posição ginecológica
A posição ginecológica (litotômica) é muito popular em filmes e novelas, entretanto não é a posição mais favorável para o parto.
Isso porque as pernas ficam bem abertas e apoiadas nas perneiras, fazendo com que a pelve se feche.
Além disso, como o corpo fica em uma posição horizontal, a gravidade não atua de forma favorável para ajudar o bebê a descer.
Puxos direcionados
Também é conhecido como puxos dirigidos, ou seja, alguém da equipe médica induz os momentos de fazer força durante o expulsivo (muitas vezes antes mesmo do corpo estar preparado).
No entanto essa é uma prática que pode interferir na sua experiência positiva de parto.
Assim…
Quando os puxos direcionados são usados para acelerar o processo natural do parto, aumentam as chances de lacerações.
Posso falar que o momento do nascimento é fantástico, o corpo realiza os puxos de forma involuntária e somente você vai saber a hora de fazer força (é a sabedoria da natureza).
Manobra de Kristeller
A manobra criada pelo ginecologista alemão Samuel Kristeller em 1867, hoje é um procedimento obstétrico obsoleto. Consiste em empurrar a barriga da mamãe para acelerar o momento do nascimento.
Essa manobra é desencorajada pela OMS e proibida em diversos países (inclusive aqui no Brasil).
Além de não haver nenhuma evidência cientifica que tal procedimento acelere o trabalho de parto, também traz diversos riscos para a mamãe e bebê.
Os prejuízo associados a manobra de Kristeller são por exemplo:
Na mamãe
- Aumento do risco de hemorragia;
- Lacerações graves no períneo;
- Possibilidade de ruptura de alguns orgãos, como baço, fígado e útero;
- Risco de fratura de costelas;
- Entre outros.
No Bebê
- Risco de hematomas encefálicos;
- Fraturas na clavícula;
- Fratura no crânio;
- Hipóxia;
- Entre outros.
Episiotomia
Episiotomia é o famoso piquezinho (que de “zinho” não tem nada).
É assim, é feito um corte na região entre a vagina e o ânus para criar espaço para o bebê nascer.
Entretanto, essa é uma prática que não tem embasamento científico e, além disso, o corte de tecidos moles relacionados à passagem do bebê, não trazem benefícios para o nascimento.
Inclusive muitos médicos realizam a episiotomia por mera rotina no último estágio do trabalho de parto.
Existem diversas complicações relacionadas à episiotomia, por exemplo:
- Lesões nos músculos da região íntima;
- Risco de ampliação do corte durante a passagem do bebê;
- Incontinência urinária;
- Infecção no local do corte;
- Fibrose;
- Dor prolongada;
- Dificuldade de cicatrização;
- Perda da sensibilidade na região;
- Aumento do tempo de recuperação do pós-parto.
Manuseio do períneo
Durante o período expulsivo, ou seja, quando o bebê está prestes a nascer, todos na sala de parto estão ansiosos para conhecer o anjinho que está quase chegando no mundo.
Nesse momento, alguns obstetras tendem a manusear o períneo na parturiente para “ajudar” na saída da cabecinha do bebê.
No entanto, esse manuseio desnecessário aumenta as chances de lacerações e, além do desconforto, pode interferir na experiência positiva de um parto natural.
Desligar o ar condicionado no momento do nascimento do bebê
A fim de trazer o bebê ao mundo de forma mais gentil, pedir para desligar o ar condicionado é uma boa sugestão.
Imagina…
No útero o bebezinho está aconchegado e quentinho, aquecido a uma temperatura de 36ºC, 37ºC.
Então, uma sala fria não é o ambiente mais agradável para esse primeiro contato com o mundo exterior.
Por isso, desligar o ar condicionado e ter uma temperatura mais amena na sala, permitem uma transição menos estressante para o bebê.
Colocar o bebê imediatamente no colo após o parto no contato pele a pele, com liberdade para amamentar
Com toda a certeza não há nada mais tranquilizador do que pegar o bebê no colo pela primeira vez e ver com seus próprios olhos que ele está bem, poder sentir seu cheiro e ver cada detalhe que esperamos por “9 meses” para conhecer.
São inúmeros os benefícios que o contato pele a pele traz tanto para você quanto para o seu bebê.
Para o bebezinho :
- Diminui da perda de calor;
- Auxilia na imunidade;
- Sensação de bem estar;
- Estimula o vínculo entre mãe e bebê;
- Controle dos batimentos cardíacos;
- Menores chances de hipotermia e hipoglicemia.
Para a mamãe :
- Reduz o risco de sangramento pós parto;
- Maior produção de leite;
- Menores chances de depressão pós parto;
- Ajuda no controle da pressão arterial materna.
Esperar o cordão parar de pulsar antes de clampeá-lo
Seja qual for a via de parto (normal ou cesárea), esperar o cordão parar de pulsar traz diversos benefícios ao bebê, inclusive em casos de bebês que nascem prematuros.
O clampeamento tardio permite:
- Aumento do volume de sangue;
- Aumento dos níveis de hemoglobina e de ferritina (protegendo assim contra o risco de anemia na primeira infância)
- Melhor estabilidade cardiorespiratória;
- Auxílio nas funções de imunização e cicatrização (esse último ainda em estudo).
Baixe o modelo de Plano de Parto editável
Plano de Parto – Pós parto imediato e golden hour
Logo após o nascimento do seu anjinho, seu corpo ainda precisa de atenção.
E para que você aproveite ao máximo o primeiro e tão esperado contato com o bebê, você pode fazer pedidos exclusivos para o pós parto imediato.
Ocitocina de rotina no pós parto imediato (evitar hemorragia)
A administração de ocitocina no pós parto, reduz os índices de hemorragia materna pós nascimento. Também faz parte das recomendações da OMS.
Sendo assim, você pode relembrar a equipe dessa prática.
A ocitocina age no auxílio das contrações uterinas, a fim de promover o fechamento dos vasos sanguíneo que levavam sangue para a placenta.
Aguardar a dequitação espontânea da placenta
Você sabia que o parto não termina quando o bebê nasce?
Pois é!
Ainda é preciso aguardar a saída da placenta, que pode ocorrer de forma espontânea em até 1 hora após o nascimento.
No entanto, se depois de 1 hora a placenta permanecer ligada a mamãe, podem ser feitos alguns procedimentos. Tais como:
- Amamentação;
- Realizar tração controlada do cordão umbilical (para verificar se a placenta não está presa no canal vaginal);
- Se mesmo assim a placenta se mantenha conectada, será necessária a realização do manejo ativo;
- E nos casos mais complexos o procedimento de curetagem.
Mas vai uma dica.
Após o nascimento do bebê, é importante manter o ambiente tranquilo e agradável para que a ocitocina continue agindo e promovendo contrações uterinas, assim criando condições naturais para a saída espontânea da placenta.
Caso seja necessário manejo ativo da placenta, realizar com auxílio da amamentação
No manejo ativo, é realizada uma “massagem” no abdômen (logo a baixo das costelas), a fim de descolar a placenta de forma não invasiva.
Essa “massagem” pode ser realizada enquanto o bebê mama.
A amamentação ajuda na liberação de ocitocina (o que auxilia no processo de contração uterina), somada a uma contra-pressão no útero, estimula a dequitação da placenta e pode evitar assim a curetagem.
Sedação após o parto
A sedação pós parto pode ser uma sugestão médica em caso de necessidade em realizar a curetagem para remover a placenta que não saiu espontaneamente.
Só que essa prática é desaconcelhada porque causa prejuízos à Golden Hour, uma vez que a mamãe fica desacordada.
Uma boa saída então, é a anestesia peridural ou raquidiana onde a mamãe fica acordada perdendo apenas a sensibilidade da cintura para baixo.
E assim não prejudica a amamentação nem o contato pele a pele no pós parto imediato.
Privacidade durante todo o período da Golden Hour
A Golden Hour (famosa hora dourada), é a primeira hora de vida do bebê no colinho da mamãe.
É nesse momento que mais cresce a conexão mamãe/bebê.
Além disso são liberados todos os hormônios responsáveis pela descida do leite.
Você pode ser bem específica no plano de parto para que a equipe que está acompanhando o parto respeite esse momento, apoie o contato pele a pele e a amamentação.
Liberação para o apartamento o quanto antes com o bebê
Com o intuito de manter mamãe e bebê em contato contínuo, este é um item que vale muito a pena colocar no plano de parto.
Isso porque a conexão criada na Golden Hour pode se estender até o momento em que mamãe e bebê possam descansar juntos no apartamento da maternidade.
Se mamãe e bebê estão bem, não há porquê prolongar a permanência no centro obstétrico e muito menos levar o bebê para o berçário.
Alta hospitalar o quanto antes
A alta hospitalar é feita por dois médicos diferentes, sabia?
Para a mamãe é pelo obstetra e para o bebê pelo pediatra neonatal.
É assim… Quando um parto que foi acompanhado pela equipe do hospital, seja na rede pública ou privada, existe um protocolo relacionado à alta hospitalar.
Sendo assim, a alta pode variar de 24h a 72h, isso irá depender da administração de cada hospital.
Agora quando falamos de um atendimento que foi realizado por uma equipe particular, a alta é totalmente negociável (desde que mamãe e bebê estejam bem).
Plano de Parto – Cesárea
Se acaso um parto cirúrgico seja necessário, você ainda pode requerer humanização em todo o processo, sabia disso?
É assim, faça um tópico no seu plano de parto com o título “Em Caso de Cesárea” e então descreva pedidos como:
Presença da doula e do acompanhante na sala de parto, inclusive no momento da anestesia
Este é um ítem muito importante no plano de parto.
Sabe por que?
Porque é um momento delicado e que requer a presença das pessoas que fortaleçam sua sensação de segurança.
Inclusive ter um acompanhante em sala junto contigo é um direito garantido por lei.
Lei do Acompanhante Nº 11.108, de 7 de Abril de 2005.
Ambiente calmo, com pouca luz, silencioso e com o ar condicionado desligado
Mesmo em um ambiente cirúrgico, o corpo ainda precisa liberar os hormônios responsáveis tanto para conexão mamãe/bebê, quanto para a descida do leite.
Por isso é importante que toda equipe mantenha o ambiente de centro cirúrgico calmo, silencioso, com pouca luz e agradável para a chegada do bebê.
Playlist de músicas
Em um cenário em que a cesárea se faz necessária, é fundamental manter a tranquilidade da mamãe e do acompanhante.
Muitas vezes ouvir uma playlist personalizada de músicas (escolhida por você), pode fazer toda a diferença na vivência positiva desse momento.
Anestesia geral ou qualquer outro método de sedação que deixa a parturiente desacordada
Mesmo que a anestesia geral não seja comum em casos de parto cirúrgico nos dias atuais, você pode deixar claro que não quer esse tipo de sedação.
Isso porque a anestesia geral impossibilita a Golden Hour e o bebê pode nascer sonolento devido aos efeitos anestésicos.
A anestesia mais comum em casos de cesárea, é a raquianestesia (que mantém a sensibilidade e os movimentos na parte superior do corpo), dessa forma a mamãe pode ver o nascimento e em seguida segurar seu anjinho no colo.
Ver o momento do nascimento através de espelho ou rebaixamento do campo protetor
Do mesmo modo que você pode ver seu bebê nascer em um cenário de parto normal, você também pode solicitar para vê-lo no momento da cesárea.
Uma alternativa é…
Um pouco antes de tirar o bebê, o campo protetor pode ser rebaixado para que você veja o nascimento. Outra alternativa, é o auxílio de um espelho.
Mãos livres para poder segurar o bebê assim que nascer (mãos desamarradas)
Normalmente, centros cirúrgicos são equipados com mesas bem estreitas, isso leva alguns hospitais a utilizarem um padrão de prender as mãos da parturiente durante a cesariana.
Entretanto, você pode solicitar no seu plano de parto, que deixem suas mãos livres.
Assim você tem a possibilidade de realizar o contato pele a pele com o bebê, segurá-lo em seu colo e até mesmo amamentar, tudo isso logo após o nascimento.
Colocar o bebê sobre o peito em contato pele a pele logo após o nascimento
O contato pele a pele é de extrema importância tanto para a mamãe quanto para o bebê, mesmo que o nascimento seja por via cirúrgica.
Algumas Maternidades têm por padrão levar o bebê, assim que nasce, para o berço aquecido para a realização dos primeiros exames, e quando devolvem para a mamãe ele já está todo embrulhadinho, o que impossibilita o contato pele a pele.
Lembrando que o contato pele a pele:
- Auxilia no controle da temperatura do bebê;
- Estimula a amamentação;
- Reduz o risco de infecções;
- Acalma a mamãe e o bebê;
- Auxilia na descida do leite;
- Fortalece a conexão mamãe/bebê.
Permanecer com o bebê em contato pele a pele durante a sutura pós cirurgia
Em virtude de um parto cirúrgico sem intercorrências, onde mamãe e bebê estão bem logo após o nascimento, é possível ficar com o bebê no colo todo o tempo.
Sendo assim, mesmo durante a sutura e limpeza, o bebê pode permanecer no colinho da mamãe.
Inclusive, muitas maternidades oferecem uma faixa que parece um top, onde o bebê pode ficar encaixadinho e em contato pele a pele.
Esperar o cordão parar de pulsar antes de clampeá-lo
Seja como for o nascimento (natural ou cesárea), esperar o cordão parar de pulsar traz diversos benefícios.
- Aumento do volume de sangue;
- Aumento dos níveis de hemoglobina e de ferritina (que protegem contra o risco de anemia na primeira infância);
- Melhor estabilidade cardiorespiratória.
Corte do cordão umbilical pelo acompanhante
Mesmo que haja um campo estéril ao redor da incisão, o acompanhante pode cortar o cordão umbilical, sabia?
Dessa forma você pode escolher quem vai fazer parte desse momento tão marcante que é a separação direta do bebê do seu primeiro lar.
Amamentar o bebê com auxílio da doula
Mesmo em um parto cirúrgico, caso seja sua vontade, é possível amamentar seu bebê.
Após a realização da sutura, você não precisa ficar totalmente deitada até passar o efeito da anestesia, é possível ficar em uma posição semi sentada, desse modo facilitando a amamentação.
Inclusive, sua doula pode te ajudar a se posicionar e colocar o bebê na melhor posição para a amamentação.
Bebê e acompanhante (ou doula) junto com a mamãe na recuperação cirúrgica
Infelizmente, em alguns hospitais a mamãe é separada de seu bebê para aguardar a recuperação no pós anestésico, só que isso interfere diretamente no direito da Golden Hour.
E aqui lembramos que a Golden Hour deve ser garantida por pelo menos 1 hora após o nascimento.
Portanto ao escolher sua assistência hospitalar, não esqueça de perguntar sobre este item.
Plano de Parto – Pediatra neonatal
Para que seu plano de parto fique bem organizado, você pode fazer pedidos exclusivos ao pediatra neonatal.
Inclusive você pode até imprimir em folha separada.
Isso porque o pediatra tende ler apenas o que é relevante para o seu atendimento. Então se estiver de fácil visualização, melhor.
Realização dos primeiros exames do bebê no colo da mamãe
A fim de garantir os benefícios da Golden Hour, o Teste de Apgar pode ser feito no colinho da mamãe.
Mas você pode estar se perguntando o que é esse Teste de Apgar?
O Teste de Apgar é uma avaliação feita no primeiro e quinto minuto de vida do bebê, onde são verificados, frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, bem como irritabilidade reflexa (caretas, espirros ou tosse) e cor da pele.
Pesar, medir e fazer os testes no bebê no final da Golden Hour
Procedimentos como medir, pesar, vacinar, testes padrões e carimbo do pezinho, podem ser feitos logo após a Golden Hour.
Esses exames podem ser feitos no bercinho aquecido que fica na sala de parto, dessa forma não havendo necessidade de mudança de sala.
Assim mamãe e bebê podem ser liberados juntos para o quarto.
Aspiração das vias aéreas
Quando essa aspiração é feita por rotina no bebê, há um aumento no risco de: arritmias, laringoespasmos, traumatismos da mucosa traqueal, hipertensão arterial e outros.
Mas olha esse fato…
Recém nascidos liberam o muco residual, que se encontra nas narinas, boca e bochechas, de forma espontânea. Principalmente aqueles que passaram pelo trabalho de parto.
A aspiração da vias aéreas somente se faz necessária em casos onde o bebê está com extrema dificuldade de respirar, devido a obstrução das vias aéreas causada pelo excesso de muco.
Aspiração gástrica
Quando o bebê ingere mecônio espesso e nasce deprimido, a aspiração gástrica (sonda até o estômago para retirar todo o conteúdo gástrico) pode ser realizada.
No entanto, esse procedimento só deve ser realizado em casos extremos (nunca por rotina), já que é muito agressivo ao bebê.
Pode causar:
- Diminuição de frequência cardíaca;
- Espasmos de laringe;
- Queda da pressão arterial;
- Dificuldade na amamentação.
A OMS recomenda aguardar a resposta física do bebê, ao passo que ele apresente boa respiração e bons tônus muscular, esse procedimento não deve ser realizado.
Sonda retal
Esse procedimento era realizado como rotina, a fim de identificar uma possível má formação intestinal (atresia intestinal).
No entanto, a indicação é aguardar a primeira evacuação do bebê que pode ocorrer entre 24h e 48h, só após esse período, se não houver evacuação, é que se deve realizar esse procedimento.
Colírio de nitrato de prata
A administração desse colírio é padrão na grande maioria das maternidades.
O colírio de nitrato de prata ou seu substituto menos agressivo PVPI 2,5 (iodopovidona) é aplicado no bebê para evitar o contágio por Gonococo, bactéria encontrada nos casos positivos para Clamídia e Gonorréia na mamãe.
Só que além de proteger, pode causar irritação e vermelhidão no olhos do bebê e em alguns casos conjuntivite química.
Vai uma dica…
Para que possamos evitar esse desconforto no bebê, você pode pedir para seu obstetra (durante o pré natal), solicitar o exame de Gonorréia e Clamídia.
Com o resultado do exame negativo, o bebê não precisa de colírio de nitrato de prata.
Ahhh… Vale ressaltar que em casos de cesárea, a administração desse colírio é totalmente desnecessária, já que o bebê não passa pelo canal vaginal.
Administração da vitamina K
Eficaz na prevenção de doença hemorrágica, a administração de vitamina K faz parte das recomendações da OMS a todo recém nascido.
A administração pode ser feita de forma injetável (dose única).
Ou via oral (três doses), sendo a primeira dose nas primeiras horas de vida, segunda dose com 1 semana e terceira dose com 4 semanas de vida.
Na escolha da administração por via oral, a maternidade se compromete apenas com a primeira dose. As demais, devem ser compradas fora da maternidade, o que às vezes pode ser um desafio, por não ser um produto facilmente encontrado.
Vai uma dica.
Ao optar pela vitamina k injetável, você pode solicitar ao pediatra que realize a aplicação com o bebê no seu colo no contato pele a pele.
Administração da vacina da hepatite B
De acordo com a American Academy of Pediatrics (APP), para bebês estáveis e pesando 2kg ou mais, o recomendado é que essa vacina seja administrada nas primeiras 24h de vida.
Na maioria das maternidades a aplicação acontece na sala de parto.
Para essa vacina, não existe a opção via oral, dessa forma você pode solicitar ao pediatra que aplique a vacina com o bebê no seu colo no contato pele a pele.
Baixe o modelo de Plano de Parto editável
Plano de Parto – Cuidados extras com o bebê
Por último você pode complementar seu plano de parto mostrando suas preferências no cuidado do seu anjinho.
Caso o bebê precise de atendimento e seja levado para outra sala
Aqui estamos falando dos casos em que o bebê precise de assistência (seja para acompanhamento de sua vitalidade ou para realização de algum procedimento que não foi possível em sala de parto).
Um exemplo são os bebês que nascem com a vitalidade ok, porém apresentam baixo peso (a avaliação do baixo peso varia conforme protocolo de cada maternidade), nesse caso o bebê é encaminhado para o berçário para acompanhamento de sua resposta física durante as primeiras horas de vida.
Nessa situação você pode solicitar que o bebê seja acompanhado em tempo integral pelo seu acompanhante.
Bicos / Chupetas
Em casos em que o bebê precisa ficar afastado da mamãe, seja na unidade de terapia ou no berçário, pode ocorrer a utilização de sucção não nutritiva (bicos ou chuletas).
No entanto se você não é favorável a utilização de bicos artificiais ou chupeta, você pode mencionar no seu plano parto.
Água glicosada / Leite de doador / Fórmula
Esse é um assunto que normalmente não queremos pensar, já que esse tipo de situação normalmente ocorre quando o bebê não pode ficar com a mamãe.
Porém é válido mencionar no seu plano de parto se você é a favor ou não da oferta de leite de doador, água glicosada ou fórmula.
Uma opção é ordenhar o próprio leite para ajudar na nutrição do bebê.
Banho do bebê
Antes de falarmos sobre o primeiro banho do bebê, é importante falarmos sobre o que é o vernix e a sua função.
Vernix é uma camada protetora que todo bebezinho nasce, alguns com mais, outros com menos, mas todo bebê tem a sua capinha protetora que é absorvida pela pele logo nas primeiras horas de vida.
Existem vários estudos que mencionam os benefícios de se prorrogar o primeiro banho, já que o vernix:
- Auxilia na estabilização da temperatura corporal do bebê;
- Diminui o risco de infecções bacterianas;
- Ajuda a manter a hidratação da pele;
- Regula o pH da pele;
- Ajuda no amadurecimento da pele do bebê.
Inclusive a OMS recomenda o primeiro banho a partir de 24h após o nascimento.
Mas seja qual for a sua preferência (dar o primeiro banho em casa ou na maternidade), é conveniente colocar no plano de parto que não façam o banho do bebê sem a sua autorização.
Dicas que você pode incluir no seu plano de parto, que ninguém te conta
1• Gostaria de permanecer com meus óculos de grau durante o trabalho de parto.
2• Gostaria de ver meu bebê nascendo. Dependendo da posição pode ser utilizado um espelho.
3• Gostaria de tocar a cabeça do meu bebê assim que coroar.
4• Gostaria que eu ou meu acompanhante aparace o bebê ao nascer.
5• Gostaria de ver/tocar a minha placenta.
6• Gostaria de levar a minha placenta.
7• Gostaria do carimbo da minha placenta.
Tem dúvidas sobre o Plano de Parto?
Vou deixar aqui em baixo meus contatos.
Assim você pode se fortalecer com informações de qualidade, se preparar para o parto e, além disso, buscar uma experiência positiva na chegada do seu anjinho.
